O governador Marcelo Déda (PT) reagiu com tranquilidade à antecipação da eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa para o biênio 2013/2014: “Institucionalmente foi absolutamente correta, mas politicamente abre-se um processo de ruptura, que tem de ser analisado agora”.
Marcelo Déda disse que a antecipação da eleição e sua realização nesta segunda-feira (27), no final da tarde, trás implicações para uma coligação que até hoje era boa para o Governo e seus aliados. Déda considerou que foi uma decisão unilateral que praticamente não deu condições para o diálogo, além de ter desrespeitado companheiros de bancada.
Déda disse que na manhã desta segunda-feira (27), em encontro no Palácio de Veraneio, onde o governador está despachando, o empresário Edvan Amorim (PTB) conversou com ele até às 13h53min: “disse-me que a deputada Angélica Guimarães estava ansiosa para a antecipação da eleição da mesa e pediu-me para que eu conversasse com ela”.
O governador não imaginou que haveria tanta pressa na realização do pleito e pensou em conversar com a deputado nesta terça-feira (28), o que já não há mais tempo: “o fato é que hoje temos a bancada minoritária e vamos ver o que faremos”, disse.
- Na realidade, fomos todos surpreendidos, inclusive com a saída de aliados nossos da Mesa sem sequer “receber aviso prévio”, disse. Esse gesto vai provocar uma imensa reforma no Governo para recompor a estrutura administrativa.
Segundo Marcelo Déda, “a maioria acabou hoje” e insistiu que politicamente analisa como se nada tivesse acontecido, mas em termos de base aliada foi um gesto que pode se considerar “grosseiro”, inclusive pela maneira desrespeitosa com os aliados.
Lamentou, finalmente, que setores da base tenham se aliado à oposição para derrotar os próprios companheiros de bancada.
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