O entregador de lanches Givaldo Alves da Mota, 33, e a dona de casa Maria Ivani dos Santos, 31, foram mortos a tiros num campinho de futebol localizado no bairro Luís Conceição, em Itabaiana. De acordo com as primeiras investigações da Polícia, o casal participava de uma seresta no Bar do Pedro na noite do sábado, 2.
Os corpos chegaram ao Instituto Médico Legal na madrugada deste domingo, 3, e foram liberados ainda pela manhã. Os corpos estão sendo sepultados neste final de tarde na cidade de Itabaiana, onde ambos moravam com as respectivas famílias.
As circunstâncias do crime ainda são desconhecidas. Givaldo tinha fama de mulherengo enquanto Maria Ivani, que era separada do aposentado Manuel Santos da Cunha, conhecido como Mané de Neco, gostava de participar de festas na cidade. “A mãe dava muito conselho, mas ela não atendia”, disse Mané de Neco.
Mané de Neco estava em Aracaju, na companhia de um filho do primeiro casamento quando recebeu um telefonema dos familiares de Ivani informando a ocorrência. “Meu filho veio me trazer logo e quando cheguei aqui constatei este fato”, disse, entre lágrimas. Ivani deixa três filhos, com 12 anos, 10 e a mais nova com apenas três anos.
Há informações que os dois estavam na seresta e se afastaram. Eles chegaram a convidar uma outra mulher para sair, mas a jovem, supostamente uma amiga de Ivani, teria se recusado a se afastar do local onde ocorria a seresta. Momentos depois as pessoas ouviram o barulho dos tiros, mas não se identificou a autoria.
Na casa de Ivani, a família constatou que o corpo dela apresentava sangramento, na cabeça, na região afetada pelos tiros. Entre os vizinhos, a sensação de que o assassino estaria próximo. “Quando se morre e o corpo sangra é porque o criminoso está por perto”, comentava uma vizinha, em conversa com uma amiga.
O casal José Vitório da Mota e Maria Alves da Mota, pais de Givaldo Alves, dormiam quando receberam a visita de um amigo, em casa. “Ele chamou Zé Vitório e pediu para não me contar nada, mas eu estava aflita porque sonhava com meu filho e ele estava deitado e havia uma mulher mandando eu rezar”, conta Maria Alves.
Ela só ficou sabendo pela manhã. Uma história contada pelo próprio marido que, repetidamente, a orientava a ter forças para enfrentar aquela realidade. “Meu filho era um menino bom, trabalhador. O único defeito era ser mulherengo, sempre aparecia aqui com uma mulher diferente”, disse a mãe, com tristeza.
Na Delegacia de Polícia da cidade não há muitas informações sobre o crime. Aos familiares, um policial chegou a cogitar a possibilidade do casal ter sido assassinado por engano. A motocicleta de um dos netos de Mané de Neco chegou a ser apreendida.
De acordo com informações da família, o proprietário da motocicleta deixou o veículo estacionado nas proximidades da seresta e saiu para ver o que acontecia no campinho, onde os dois foram assassinados e quando retornou ficou informado que a moto teria sido apreendida pela Polícia porque alguém teria informado que a moto seria de propriedade de Genivaldo.
Na cidade o clima é tenso com a onda de violência.
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